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Veja quando trocar a correia dentada para evitar prejuízos no veículo

abril 11, 2019

Você costuma cuidar do motor do carro? Entre os componentes mais importantes pelo seu bom funcionamento está a correia dentada. Produzida com material emborrachado e flexível, ela é fixada entre polias e tensores e pode ser vista ao levantar o capô.

Por ser um pouco complexo detectar sua necessidade de troca, é preciso ficar atento à quilometragem para substituí-la no tempo ideal. Recomenda-se que esse processo seja realizado por um especialista a fim de evitar complicações durante a instalação.

Veja neste post tudo o que você precisa saber sobre correia dentada, como conceito, cuidados e momento mais propício para troca. Boa leitura!

Como a correia dentada funciona?

Também chamada de sincronizadora, a correia dentada foi criada para coordenar o movimento das válvulas e pistões para que eles trabalhem em sincronia. A mobilidade uniforme transmite a força para girar as rodas do automóvel. Outra função importante da peça é permitir que as válvulas de escapamento e admissão se fechem na hora certa para que o veículo possa se deslocar com conforto e segurança.

A correia dentada é composta por um compensado de lonas, que não é inflamável, mas pode arrebentar em caso de má condução do carro ou períodos prolongados de uso. Por ser um item tão relevante para dirigir com estabilidade, a correia dentada deve ser revisada regularmente (a cada 15 mil km).

O maior problema desse componente é que ele não indica quando está prestes a romper. Tudo parece estar normal no funcionamento do motor e, de repente, o automóvel simplesmente para de funcionar. Uma correia com desgaste acentuado não causa falhas no sistema, não desequilibra o rendimento e nem afeta o consumo de combustível, por exemplo.

Sendo assim, para descobrir o fim da vida útil desta peça é preciso procurar por desgastes, como ressecamento evidente ou borracha despedaçando. Portanto, nunca negligencie a manutenção preventiva, certo?

Caso ela se rompa sem que você perceba, o prejuízo pode ser bastante salgado. A correia dentada pode custar até R$500 — mas quando ela arrebenta, os valores dos serviços de reparo podem chegar até R$4.000 para veículos populares. Isso porque os pistões e as válvulas chocam entre si, o que empena as peças.

Se o rompimento acontecer em altas velocidades, o choque pode até danificar os pistões e forçar a substituição completa do motor.

Qual a durabilidade da correia dentada?

Uma correia dentada pode durar até 5 anos, em condições normais de uso, ou conforme a quilometragem indicada no manual do proprietário — que, em geral, é de até 50 mil km rodados.

No entanto, diversos fatores podem comprometer sua conservação. O contato contínuo com poeira ou pó abrasivo, como acontece nas regiões de mineração, pode diminuir a vida útil da peça pela metade do tempo previsto.

Além disso, automóveis que fazem trajetos curtos, em que o motor não aquece completamente, ou que transitam em vias urbanas com paradas frequentes, são implicados pelas “condições severas de utilização” — mencionadas nas maiorias dos manuais. Logo, também devem trocar a correia dentada com antecedência.

O grande problema desse componente é quando o proprietário do carro não realiza a inspeção regular de sua conservação e anda nas circunstâncias de risco apontadas. Para checar seu estado é preciso respeitar as revisões programadas para procurar por sinais de deterioração na borracha.

Além da correia, a vistoria também deve avaliar o estado do tensionador — dispositivo que garante o esticamento da correia dentada — e das polias, para que o conjunto todo funcione corretamente.

Porém, atente-se: dependendo do tipo do motor e da intenção da montadora para o mercado, o veículo pode apresentar correia dentada (mais comum no Brasil) ou corrente de metal, que é muito parecida com aquelas presentes em bicicletas. Sua maior vantagem é a durabilidade, pois pode passar os 100 mil km rodados antes da troca. No entanto, ela aumenta o nível de ruído do motor, e o custo de manutenção é mais elevado, até três vezes mais caro.

Como aumentar a vida útil da correia dentada do seu carro

Trancos ao mudar de marcha

Você já sentiu alguns trancos ao trocar de marcha? Isso é muito danoso para o motor do seu veículo, sabia? Esse processo tem relação direta com a correia, pois ela propaga o movimento do motor e sincroniza o comando de válvulas e os eixos de manivelas.

Essas pancadas e socos que o veículo pode dar na hora de mudar de marcha ocorrem quando se negligencia o tempo de sincronia entre a aceleração do automóvel e o acionamento do pedal da embreagem. Ou seja, acontece porque você espera muito para acelerar novamente depois que a marcha já foi engatada.

Isso também sucede quando você realiza o movimento no ciclo correto da sincronia, porém o veículo está em velocidade inapropriada. Isto é, quando não aumentou ou não reduziu o giro do motor para a troca de marcha.

Na realidade, esse tranco danifica o carro porque afeta diretamente a correia dentada. Se a velocidade está muito alta, e você não frear devagar para baixá-la, acontecerá uma distensão (esticamento) na correia. Logo, preste atenção nos comandos de direção para evitar que esses impactos ocorram: acelere suavemente e não cante o pneu.

Superaquecimento do motor

Não é muito comum, mas a correia dentada pode estar relacionada ao superaquecimento do motor. Como é responsável pelo movimento do virabrequim, ela pode movimentar a bomba d’água para resfriar o sistema.

Dessa forma, se o painel do veículo mostrar que a temperatura está aumentando, leve-o à oficina e examine também a sincronizadora, além de outras peças que têm relação direta com o aquecimento.

Ruídos ao dirigir

Preste atenção aos ruídos estranhos, já que eles podem indicar falhas na correia. O som mais comum é de algo deslizando. Ele é causado porque esse componente está desajustado. A única forma de solucionar esse problema é procurar um mecânico para fazer a manutenção ou troca necessária.

E então, o que você achou das nossas dicas para cuidar da correia dentada e evitar prejuízos no automóvel?

Esperamos que essas informações possam ser úteis para você. E caso você queira conferir mais dicas sobre mecânica para o seu veículo, clique aqui e confira uma série de posts com a temática!