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Descubra as principais diferenças entre carros híbridos e elétricos

setembro 16, 2019

Não há nada como existir em uma era em que o desenvolvimento tecnológico borbulha inovações a cada virada de ano. Com isso em mente, elaboramos este artigo atentando às principais novidades e tendências do setor automotivo, em que falamos sobre os carros híbridos e elétricos.

Por serem pouco conhecidos pelo consumidor brasileiro, decidimos responder as principais curiosidades no tema. Agora, sem mais demoras, acompanhe!

A modernização da indústria automobilística

Híbridos, elétricos, inteligentes e autônomos. Pelo que tudo indica, esse é o destino que desponta na estrada que a tecnologia leva aos veículos. Anualmente, a cada nova edição do Salão do Automóvel, somos inundados com novidades futuristas aos carros. É entre todas essas tendências que enxergamos a maior delas: a sustentabilidade.

Um tema recorrente nos seminários de climatologia e que também dá as caras na indústria automobilística — que corre atrás do tempo para entregar soluções mais limpas, eficientes e, sobretudo, adequadas às metas de emissões dos países europeus. Como se não bastasse essa batalha contra o relógio, as montadoras ainda precisam lidar com a pioneira do segmento, a norte-americana Tesla, famosa por seus veículos visionariamente elétricos e inteligentes.

Como resultado, as grandes montadoras europeias, asiáticas e americanas observam outro fenômeno tomar conta desse cenário: a transformação no comportamento do consumidor moderno. Cada vez mais jovem e desapegado, o público da nova geração precisa de motivos fundamentalmente fortes para investir o suado dinheiro na compra de um carro.

Com novas regras em jogo, o mercado automotivo caminha em sincronia na direção dos veículos temas desse artigo, os híbridos e elétricos. Em um primeiro momento, conquista-se o consumidor interessado pelo novo, com uma nítida preocupação ambiental. Futuramente, as tendências ao curto prazo serão a automação — que aliada à inteligência artificial, dispensará a intervenção humana nos deslocamentos.

Seja como for, essas quatro soluções tecnológicas já são motivo de discussão para muitos entusiastas, que ficam receosos com o desaparecimento dos veículos a combustão no longo prazo. Ainda assim, vale lembrar que, no Brasil, as soluções limpas ainda trilham uma fase bem inicial, pois seu maior custo de construção também reflete em preços mais altos.

Para suprir essa demanda e popularizar esses modelos em nosso país, é bastante provável que a administração Federal conceda isenções tributárias aos consumidores, repetindo uma prática já tradicional nos demais mercados automotivos.

As principais características e diferenças dos carros híbridos e elétricos

Conceitualmente, apenas a sustentabilidade une esses carros. Afinal de contas, ambos os projetos foram desenvolvidos com o propósito de substituir os modelos a combustão, combatendo diretamente a exploração de combustíveis fósseis. Mas é justamente aqui que enxergamos a diferença base nos dois.

Os veículos híbridos, como sugere o nome, são dotados de uma plataforma de abastecimento misto, utilizando a energia para o deslocamento de duas fontes distintas. Por conta disso, os híbridos são veículos extremamente econômicos e substancialmente mais limpos ao meio ambiente. Apesar disso, eles não são ecologicamente perfeitos.

Isso acontece porque uma das duas fontes de energia dos híbridos é justamente a combustão. Com isso, esses projetos combinam, em um mesmo veículo, dois motores de tecnologias distintas: um que utiliza eletricidade, e o outro, combustível. Como resultado, essa equação nos apresenta veículos extremamente econômicos, superando com facilidade as médias de qualquer veículo tradicional, mesmo que seja o modelo mais econômico.

Para sustentar esse argumento, lembramos que no último ranqueamento dos 15 carros mais econômicos do Brasil, os primeiros nove modelos são híbridos potentes e arrojados, deixando a 10ª posição ser conquistada por um popular 1.0 ultraleve. Dê uma olhada nas posições e médias:

  1. Volvo S90 T8 Inscription: médias de 21,3 km/l (urbano) e 25,6 km/l (rodoviário);

  2. BMW Série 5 530E: 20,9 km/l e 21,9 km/l;

  3. Porsche Panamera E-Hybrid 2.9: 17,8 km/l e 25,7 km/l;

  4. Volvo XC60 T8 Inscription: 19,2 km/l e 20 km/l;

  5. Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid 4.0: 16,4 km/l e 22,3 km/l;

  6. Toyota Prius:18,9 km/l e 17 km/l;

  7. Volvo XC90 T8 Excellence: 16,4 km/l e 16,9 km/l;

  8. Ford Fusion Hybrid: 16,8 km/l e 15,1 km/l;

  9. Lexus ES300H: 16,3 km/l e 15,5 km/l;

  10. Renault Kwid Intense: 14,9 km/l e 15,6 km/l.

Por outro lado, existem os elétricos, que nem ao menos podem ser inseridos em um ranking como o descrito acima. Afinal de contas, os projetos elétricos dispensam toda e qualquer utilização de combustível fóssil, contando apenas com suas baterias e centrais de carregamento para abastecer a energia necessária ao deslocamento.

Com isso, há um grande ponto a ser observado: os veículos híbridos são modelos de transição. Ou seja, eles funcionam como ferramentas de adaptação ao consumidor, que, inevitavelmente, adotará a tecnologia elétrica conforme ela se tornar popular. Isso pode ser observado pela crescente oferta de híbridos no Brasil.

Temos como exemplo a Ford, que disponibiliza uma versão híbrida do consagrado Fusion desde sua geração passada, lançada no final de 2010. O mesmo está sendo lentamente replicado por outras marcas, conquistando até as mais conservadoras, como a Toyota, que iniciará a fabricação nacional do Corolla híbrido, popularizando a solução entre sua legião de fãs.

Os elétricos, por sua vez, exigem mais tempo, pois demandam, acima de tudo, um mercado mais maduro, tanto do ponto de vista comportamental quanto econômico. De momento, apenas sete modelos elétricos são vendidos em nosso país, em sua maioria compactos e consideravelmente caros, a exemplo do BMW i3, Nissan Leaf e Renault Zoe.

Apenas esses três já servem como uma excelente representação do segmento, mas seus preços são simplesmente incompatíveis à popularização do setor no Brasil. Como se não bastasse isso, também há o fator funcional, em que os consumidores não se veem tentados a investir mais de R$ 120 mil em modelos tão compactos. Por conta disso, é natural que o mercado nacional amadureça o convívio com os híbridos — apenas depois migrando para os elétricos.

Os benefícios dessas alternativas no longo prazo

Por último e não menos importante, vale lembrar das vantagens específicas de cada alternativa. Atualmente, os híbridos são “a bola da vez”. Extremamente econômicos, mesmo quando aliados a motores a combustão robustos, esses modelos entregam elasticidade, economia e sofisticação.

Os elétricos, em contrapartida, conseguem acrescer todas essas virtudes, inclusive com a diferenciação pontual de que são perfeitamente ecológicos, com nenhuma emissão de CO². No entanto, um ponto importante a se considerar no uso desses veículos é a estrutura local. Como sua alimentação energética é puramente elétrica, esses carros dependem de uma longa autonomia.

Quando não estão contando com isso, dependem, então, da infraestrutura dos trajetos, com postos de recarga elétrica. Infelizmente, não existem muitos charging points às margens das rodovias brasileiras tal como existe nas norte-americanas. Atualmente, esses pontos são mais comuns em shoppings e, eventualmente, em condomínios.

Por conta disso, comprar um elétrico em nosso país ainda pode oferecer uma experiência um pouco delicada, com a incerteza de ter o deslocamento garantido. Sendo assim, os híbridos se sobressaem, aceitando combustíveis tradicionais (como gasolina ou diesel), pavimentando uma ponte entre a vontade de inovação e os consumidores brasileiros.

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