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Saiba mais sobre os tipos de cinto de segurança e suas características

março 28, 2019

Quantos tipos de cintos de segurança existem atualmente? E quais são os mais utilizados? Para responder a essas perguntas é preciso entender que esse componente fundamental evoluiu muito através dos anos visando diminuir os impactos causados em caso de acidentes.

Sendo um item extremamente necessário em todos os veículos, o cinto pode evitar diversos problemas e até salvar vidas. Quer entender mais sobre os cintos de segurança e suas características? Então continue a leitura deste post e confira!

A importância dos cintos de segurança

O cinto de segurança é de uso obrigatório por lei. A não utilização rende ao motorista uma penalização de cinco pontos na carteira além de uma multa de R$195.

Mas muito além da legislação, o cinto de segurança é hoje equipamento fundamental dos veículos. Veja algumas das principais razões para sempre utilizá-lo:

  • é um equipamento de uso simples, que não incomoda os ocupantes do veículo;
  • o cinto de segurança pode reduzir em até 75% o risco de morte em casos de acidentes — essa estatística varia de acordo com o tipo de colisão, mas temos que concordar que é um número bem impressionante;
  • em colisões mais leves, com veículos a até 50 km/h, o cinto é muito eficaz e tanto o motorista quanto os passageiros podem sair completamente ilesos;
  • existem registros de acidentes fatais ou gravíssimos com veículos a menos de 20 km/h porque os integrantes não utilizavam o cinto de segurança;
  • a utilização reduz em 40% a chance de traumatismo craniano encefálico (TCE), principal causa de morte em acidentes de trânsito;
  • a estatística atual é de que mais da metade dos brasileiros sofreram ou sofrerão pelo menos um acidente de trânsito, portanto não custa nada se prevenir.

A história dos cintos de segurança

Agora que entendemos como é importante utilizar o cinto de segurança, vamos abordar um pouquinho de sua história, pois só assim entenderemos a sua evolução.

O primeiro cinto de segurança de que se tem registro foi datado em 1885. Criado por Edward Claghorn, tinha como função impedir que as pessoas caíssem das diligências durante as viagens.

Vale lembrar que, naquela época, os caminhos eram precários e o fato de serem utilizados animais como tração tornava a viagem bastante desconfortável. Após isso, tem-se registro de pilotos utilizando cinto de segurança nas corridas que iam de Paris a Marselha, em 1896.

Eis que, em 1903, Gustave Désiré Leveau patenteou um tipo de cinto de segurança para trabalhadores, tais como bombeiros e pintores. Em 1911 ele foi implantado em aviões, visando a proteção dos ocupantes durante o pouso.

Mas foi apenas no início dos anos 50 que os cintos de segurança passaram a aparecer como item opcional para veículos automotivos. No ano de 1955, pesquisas publicadas mostraram a importância de itens de segurança, tais como o cinto, airbag, barras estabilizadoras e carrocerias reforçadas. A partir daí, os cintos de segurança passaram a ser incluídos cada vez mais até se tornarem item obrigatório.

Tipos de cintos de segurança

Os cintos de segurança se diferem, basicamente, por quantos pontos ou extremidades estão conectados ao veículo. Vamos conhecer um pouco mais?

Cinto de segurança de 2 pontos

Esse é um dos primeiros cintos de segurança existentes. É o que está presente até hoje nas aeronaves comerciais, ônibus e em alguns bancos traseiros de carros. Difundiu-se nos anos 80 quando passou a aparecer na maioria dos carros populares. Sua principal característica é a proteção à cintura, impedindo que o corpo vá para frente em colisões ou frenagens bruscas.

Na legislação atual, crianças só podem sentar-se no banco de trás se estiverem utilizando pelo menos um cinto de segurança 2 pontos. Porém, estudos foram surgindo e comprovaram que esse tipo de cinto causa um problema que afeta a coluna lombar.

Por conta disso, a legislação mudou e passou a exigir um cinto que também protegesse os ombros. Logo, os modelos 2 pontos se tornaram antiquados e hoje só aparecem no meio de alguns bancos traseiros.

Cinto de segurança 3 pontos

O cinto de segurança 3 pontos tem disposição em formato de Y e protege, além da cintura, os ombros, tórax e bacia. A primeira patente do cinto de 3 pontos é atribuída à Volvo, que passou a fabricá-lo em 1959.

Estudos sobre a eficácia dos cintos de segurança começaram a ser feitos na mesma época, utilizando bonecos em simulações. Outro estudo interessantíssimo mostrou que esse acessório evitou cerca de 28 mil acidentes na Suécia.

A Volvo também foi pioneira ao começar a instalar cintos de segurança nos bancos traseiros em 1967. Com as tendências lançadas pela empresa, em 1970, outras marcas, como a Renault, a Cadillac e a General Motors já colocavam o cinto 3 pontos como padrão nos assentos dianteiros.

Enfim, o cinto de segurança 3 pontos é o mais eficaz, pois o impacto é absorvido e distribuído por uma área maior do corpo humano.

Cintos de segurança 4, 5 e 6 pontos

O cinto de segurança 4 pontos pode ser encontrado em jipes e carros de trilha. Por ter mais pontos fixos, abraçando o tórax de quem o utiliza, é capaz de evitar lesões graves em casos de capotamento ou colisões muito fortes.

Seguindo essa linha de raciocínio, o cinto de 5 pontos, que está presente nos carros de corrida e nas cadeirinhas de bebê, garante proteção dupla para os ombros ao adicionar uma cinta entre as pernas.

Mas então, se ambos parecem tão seguros, por que ainda criar um cinto de 6 pontos?

Bom, a necessidade surgiu quando, em 2001, o piloto Dale Earnhardt morreu em um acidente da NASCAR. A perícia da época indicou que o cinto de segurança não demonstrou a eficácia necessária. Sendo assim, a própria NASCAR passou a obrigar o uso de um modelo de 6 pontos, que adiciona uma correia extra entre as pernas.

A verdade é que cada um dos tipos de cintos de segurança é adequado para a realidade em que é usado. A evolução em materiais e mecanismos estará sempre ocorrendo. O que devemos ter em mente é que não podemos negligenciar o seu uso.

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