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Placa Mercosul: o que você precisa saber

setembro 5, 2019

Entre carros, motos, ônibus e afins, o Brasil totaliza uma frota circulante que supera 56 milhões de veículos. Com esse número em mente, são constantes as tentativas da União para implementar soluções capazes de integrar os dados de todas as unidades e condutores. Entre elas, está a placa Mercosul.

Por conta dos inúmeros adiamentos na adoção do formato, essa novidade já vinha sendo pauta na sociedade há bastante tempo.

Pensando nisso, elaboramos esse post para que você se atualize sobre o tema e tire suas principais dúvidas. Se interessou? Então continue acompanhando a leitura!

O que é a placa Mercosul?

A tão falada placa nada mais é do que um novo formato no emplacamento da frota, que visa integrar o banco de dados de todos os países constituintes do bloco comercial sul-americano. Para atingir esse objetivo, o projeto aposta na padronização estética das placas, que seguirão alguns requisitos básicos, facilitando o reconhecimento dessas identificações, tanto nas fronteiras quanto nos ambientes internos.

Com a implementação do sistema, todo o database da malha veicular de países como Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela estará integrado, facilitando o controle e supervisão de entradas e saídas, tanto no aspecto migratório como no fator de fiscalização criminal, agilizando a identificação de veículos “marcados” entre os países, por algum incidente ou transgressão.

Para além disso, vale lembrar das soluções matemáticas e estéticas adotadas pelo novo padrão para entregar aquilo que propõe. A nova placa tem regras bem definidas quanto à utilização de cores, código alfanumérico e a ordem desses caracteres. Com isso, o padrão contempla um amplo número de novas combinações para todos os países participantes.

Quais as principais mudanças?

Até então, a novidade tem divido opiniões. De um lado, há aqueles que gostam da abordagem estética, geralmente pela proximidade com o desenho das placas europeias. Em contrapartida, existem muitos consumidores decepcionados, por motivos que quebram o estilo de algum modelo vigente, como é o caso das famosas placas pretas que, com um desenho minimalista, apontam os veículos raros e antigos. Agora, dê uma olhada nessas mudanças!

Dimensões

Em um primeiro momento, não se pode dizer que as novas placas mudaram de tamanho. Afinal de contas, elas continuam com a mesma dimensão do modelo atual, apresentando 40 cm de largura e 13 cm de altura. Apesar disso, a instalação do novo formato na parte traseira dos veículos passa a dispensar o lacre, dificultando a fixação em alguns modelos. Por conta disso, o DENATRAN autoriza a redução de 15% para o encaixe nessas situações específicas, desde que se mantenha tanto a bandeira brasileira com o QR Code na superfície da placa.

Cores

Já aqui, temos o fator que mais divide opiniões, pois o novo formato adota muitas cores e elementos gráficos para facilitar sua identificação, agradando a uns e decepcionando a outros. Basicamente, as novas placas apresentarão a seguinte padronização:

  • o fundo sempre será branco, em todos os veículos e condições;
  • o topo da placa conta com uma moldura azul, que estampa o nome do país ao centro, com sua bandeira no canto direito;
  • os únicos elementos que variam de cor são o contorno externo e o código alfanumérico.

Sendo assim, veja quais serão as cores adotadas para cada tipo de emplacamento:

  • cinza para veículos antigos e colecionáveis;
  • amarelo para diplomáticos;
  • vermelho para comerciais;
  • preto para particulares;
  • verde para especiais;
  • azul para oficiais.

Códigos alfanuméricos

A certo modo, o novo sistema de dígitos se diferencia substancialmente do modelo atual. Como exemplo, separamos alguns pontos rápidos para que você entenda a mudança. O padrão atual opera com três letras e quatro números, com essa mesma ordenação, para carros e motos, resultando em placas de combinações semelhantes a ABC 1234.

Já o padrão Mercosul adota a solução de quatro letras e três números, alterando a ordenação do código entre automóveis e motocicletas. Com o novo formato, as combinações serão:

  • carros, 3 letras + 1 número e 1 letra + 2 números, resultando em placas como ABC 1D 23;
  • motocicletas, 3 letras + 2 números + 1 letra e 1 número, resultando em placas como ABC 12 D3;
  • já outros países adotarão uma ordenação diferente, como a utilizada na Argentina, que combina 2 letras + 3 números + 2 letras, resultando em exemplos como AB 123 CD.

Elementos

Por último, mas não menos importante, existe a mudança nos elementos gráficos que fazem parte do visual e textura da placa. A certo modo, isso servirá para refinar a fiscalização, dificultando a falsificação do formato no mercado paralelo. Os elementos são:

  • emblema do Mercosul, posicionado no canto superior esquerdo, sobre a moldura azul;
  • cidade e estado do emplacamento no canto superior direito, sob a bandeira do país;
  • nome do país de emplacamento ao centro da moldura azul;
  • faixa holográfica na extremidade esquerda;
  • bandeira do país no canto superior direito;
  • QR Code no canto inferior esquerdo;
  • marcas d’água por toda a placa.

Quando essa atualização entrou em vigor no Brasil?

A implementação desse formato é uma história de idas e vindas. Afinal de contas, a placa Mercosul foi anunciada em nosso país ainda em meados de 2014, com a premissa de ser implementada até janeiro de 2016. Dessa data até o último pronunciamento oficial, em junho de 2019, ocorreram seis adiamentos.

De todo modo, o que importa é que a última prorrogação carrega um caráter mais definitivo, reafirmando que esse padrão será implementado, com toda a certeza, à frota nacional. Agora, todos os estados e o DF têm o prazo de adequação estendido até 31 de janeiro de 2020, quando o novo formato se torna uma obrigatoriedade.

Então, podemos concluir que, no momento, a placa Mercosul não é obrigatória, sendo apenas uma troca voluntária até a data apontada anteriormente. Ainda assim, muitos proprietários já estão recebendo o novo padrão em casos de primeiro emplacamento, alteração de município e/ou estado e em situações de reposição de placas roubadas ou danificadas.

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