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Entenda qual a diferença entre pneu recauchutado e pneu remoldado!

fevereiro 28, 2019

O convívio com um veículo nos ensina muitas coisas sobre manutenção e vida útil. Inclusive, um dos principais componentes dos automóveis, os pneus, se tornam familiares ao cotidiano de um proprietário, em função das inúmeras calibragens e reparos eventuais. Mas aqui, surge uma dúvida comum aos consumidores: qual a diferença entre um pneu recauchutado e um remoldado?

Esse é o tipo de curiosidade que trataremos neste artigo. Aqui, você verá uma abordagem ampla sobre o tema, conhecendo os dois procedimentos, suas vantagens, riscos, momentos de realização e afins. Agora, acompanhe este post para entender mais!

O que é um pneu recauchutado?

A recauchutagem é, essencialmente, um procedimento de reparo que reaproveita a carcaça de um pneu danificado. Esse processo consiste na aplicação de borracha não vulcanizada ao longo de toda a superfície de contato do pneu, como a banda de rodagem e os ombros.

Após essa aplicação, tanto a carcaça quanto a borracha suplementar serão prensadas em um molde de alumínio, por cerca de 2 horas, em temperaturas que superam os 150º C. Com isso, ocorre o processo químico chamado de vulcanização, que será o responsável por alterar a propriedade plástica da borracha não vulcanizada em elástica, algo fundamental para a performance e durabilidade de um pneu. Por isso, a recauchutagem é um processo muito importante para a vida útil do veículo.

O que é um pneu remoldado?

Já aqui, trata-se de um pneu que passou pelo processo de remoldagem, que é um procedimento mais amplo que o anterior. Isso acontece porque os remoldados contam com uma restauração mais profunda, substituindo a borracha da banda de rodagem, ombros e laterais.

Isso significa que esse procedimento encobre as informações originais do pneu, que são exibidas nos flancos, como o logo da fabricante, números de capacidade, índices e afins. Inclusive, tratando-se dessas especificações, lembramos da importância em conhecer os diferentes tipos de pneu, identificando os melhores para seu carro.

Voltando à remoldagem, perceba que todos esses detalhes laterais serão eliminados, já que o pneu receberá uma nova superfície de borracha e não somente naquela que entrará em contato com o solo.

Qual o momento de recorrer a essas alternativas?

Aqui, devemos frisar um ponto importante: a melhor opção sempre será representada pelos pneus novos, já que são componentes fundamentais na garantia da sua segurança nas estradas.

No entanto, não devemos fazer “vista grossa” às motivações que levam os proprietários a optar pela recauchutagem e remoldagem. Afinal de contas, o preço sempre será um fator determinante na escolha dos consumidores.

E é por essa razão que muitos recorrem aos procedimentos de reparo, já que são bem mais baratos que a aquisição de um novo conjunto. Como exemplo, perceba que pneus remoldados chegam a custar menos da metade do que uma unidade nova.

Recauchutagem

Sendo um procedimento mais simples, a recauchutagem tende a ser adequada aos pneus com desgastes menos severos. Em contrapartida, a recauchutagem ainda conta com uma série de riscos, que serão abordados logo mais.

Remoldagem

Atualmente, os pneus remoldados até podem ser uma boa opção para quem não possui o capital necessário para substituir por pneus novos. Além de contar com uma reforma mais compreensiva, esses pneus recebem, desde 2017, um selo do INMETRO, apontando sua conformidade aos parâmetros de segurança.

Ainda assim, é extremamente recomendável não utilizar um veículo equipado com pneus remoldados em deslocamentos de alta velocidade, que superem os 90 km/h. Afinal, esses componentes não foram submetidos à extensa bateria de testes, realizados nas fabricantes originais. 

Quais os riscos nesses procedimentos?

Como era de se esperar, existem alguns riscos na utilização de pneus reformados. Mesmo com a decisão regulamentadora do INMETRO, esses componentes continuam sujeitos a um desgaste acelerado, desigual e prejudicial ao veículo no longo prazo.

Pensando nisso, elencamos alguns “pontos baixos” que merecem a sua atenção. Veja!

Durabilidade

Ao comprar um pneu reformado, você precisa estar ciente do menor arco de durabilidade, que apresentará uma vida útil, aproximadamente, 30% inferior ao de um componente novo. Enquanto a durabilidade de pneus novos é estimada em 60 mil quilômetros, os remoldados “aguentam o tranco” por apenas 40 mil.

Perceba também que os recauchutados são ainda piores nesse aspecto, já que entregam apenas 50% da vida útil de um pneu novo e convencional, o que nesse exemplo implicaria em meros 30 mil quilômetros.

Imoralidade

Estranhou citarmos uma falha moral como um risco nesses procedimentos? Pois bem, essa é a infeliz realidade, amigo leitor. Perceba que existem alguns estabelecimentos que se aproveitam da ingenuidade do consumidor, comercializando pneus de baixíssima qualidade técnica.

Esses pequenos golpes podem acontecer durante a venda de um pneu originalmente arrebentado pelo desgaste, mas superficialmente impecável, já que a nova cobertura de borracha tampa todas as evidências da degradação original.

Insegurança

Os pneus com recauchutagem e remoldagem podem ser pouco confiáveis. Basta que o procedimento de reparo tenha sido mal realizado, para que eles estejam sujeitos a uma explosão na estrada após um longo período de uso.

Já imaginou, no percurso de uma longa viagem perder um dos pneus no meio do nada? Mesmo que você controle o veículo a tempo, ainda estará, provavelmente, em localização inóspita e em uma situação desconfortável.

Esses métodos valem a pena?

A resposta definitiva é: depende. Pneus novos são a recomendação principal. Pneus remoldados são a recomendação secundária. Já os recauchutados, colecionam tantos contras que não seria prudente recomendarmos. Mas, novamente, reforçamos que o preço é fundamental na decisão do consumidor!

Por isso, aconselhamos, sobretudo, que você busque um fornecedor competente e bem reputado em sua região, especificamente nesses procedimentos. As empresas que realizam esses reparos serão honestas a ponto de reforçarem cada um dos prós e contras das alternativas mais baratas.

Mas o que realmente importa, é o comprometimento de um estabelecimento com a segurança de seus clientes. Apenas assim, você terá uma garantia de que os procedimentos respeitaram os parâmetros de segurança, como a utilização adequada de matéria-prima.

Além disso, todos os fornecedores confiáveis apresentarão o Selo de Identificação de Conformidade, atestando a observância à regulamentação do INMETRO para os procedimentos de reparo.

É, caro leitor, o que aprendemos nesta leitura já é sustentado pela sabedoria popular a muito tempo. Na qual, às vezes, o barato pode sair caro. Portanto, tratando-se de pneus, sempre siga essa ordem: encontre um fornecedor adequado, tente adquirir pneus novos, caso não possa, os remoldados e, apenas em últimas situações, os recauchutados.

Gostou deste post, diferenciando o pneu recauchutado do remoldado? Então, aproveite o seu interesse pelo universo automotivo para entender sobre os cuidados e possíveis defeitos na caixa de marcha!