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Descubra aqui como é a fabricação de pneus

novembro 28, 2018

Você já parou para pensar em como é o processo de fabricação de pneus e do que eles são feitos? Afinal, eles são firmes o suficiente para, quando calibrados, não deformarem com o peso do carro. No entanto, têm uma certa elasticidade que os faz aguentarem impactos sem sofrer avarias. Parece estranho, não é?

É porque, apesar de aparentar serem apenas uma borracha moldada, os pneus são, na verdade, feitos da junção de várias camadas de compostos diferentes. Sua industrialização é complexa, envolvendo diversas etapas para que tenham tais características e, além disso, suportem as altas temperaturas causadas pelo atrito da tração.

Quer saber como é possível? Para isso, será preciso entender um pouco da tecnologia envolvida na fabricação dos modernos pneus para os nossos carros. Vamos lá?

Quais são as partes de um pneu?

Essenciais para a segurança e o desempenho dos carros, os pneumáticos, ou apenas pneus, evoluíram ao longo do tempo para melhorarem suas ações e reações junto ao solo. De um simples revestimento de borracha maciça em torno das rodas, passando pelos pneus com câmaras de ar até chegar aos modelos atuais, foram quase 200 anos.

A tecnologia empregada, atualmente, em sua fabricação permite um rodar suave com resistência, aderência e durabilidade. Confira quais são as partes de um pneu e do que elas são compostas.

Banda de rodagem

A banda de rodagem é a parte do pneu que fica em contato com a pista. Nela, estão as ranhuras (chamadas de sulcos) e os marcadores de desgaste. É formada por uma mistura de borrachas sintéticas e naturais (chegam a mais de 30 tipos).

Além delas, são acrescentados outros compostos, como enxofre, negro de fumo (fuligem da queima de derivados do petróleo) ou sílica para darem liga e resistência, mas manterem a maciez.

Também são acrescentados aditivos que dependerão do processo industrial e das características pretendidas para determinado modelo (ser mais aderente, suportar maiores velocidades, ter maior durabilidade ou maior resistência a impactos, por exemplo) ou tipo de uso (como para estradas off-road, alta performance e uso misto).

Parede lateral

Também feitas da mistura de borracha, compostos e aditivos, as paredes laterais são as partes que ligam a roda à banda de rodagem, dando sustentação ao pneu. Por isso, são reforçadas, também, para evitar rompimentos em impactos com a calçada, pedras e buracos na pista.

A parede lateral é a parte que fica mais visível do pneu e onde estão todas as informações como a marca, modelo, medidas, data de fabricação e certificações.

Lona de corpo

Camada que fica logo depois da mistura de borracha, a lona de corpo (também chamada de overlay) é formada por borracha reforçada com náilon ou poliéster. Suas funções principais são ajudar a suportar a pressão interna, manter o formato do pneu e reter o calor quando estiver em altas velocidades.

Cintas estabilizadoras de aço

São elas que dão e mantêm o formato do pneu, mesmo sofrendo impactos ou avarias na borracha. Também são responsáveis por tornar a direção confortável, mesmo passando com o carro sobre obstáculos como lombadas, buracos ou quebra-molas.

Sua composição de malhas de fios de aço entrelaçados e borracha dão a força e a flexibilidade necessárias para torná-lo durável e resistente.

Carcaça

A carcaça é uma manta de fibra têxtil, geralmente poliéster, que mantém todas as partes unidas e dá o poder de sustentação, suportando a pressão interna. Também é ela que transfere a potência do motor para que o carro se movimente.

Estanque

O estanque é a parte interna do pneu e tem a função de vedar a saída do ar, substituindo as antigas câmaras. É uma camada de borracha sintética reforçada para que haja o mínimo de vazamento.

Talão

O talão é uma tira metálica revestida de borracha que une a parede lateral à jante (roda metálica). É feito com o máximo de precisão em tamanho e formato para que, quando encaixado, haja vedação total e mantenha a integridade do pneu nas freadas e acelerações.

Quais as etapas da fabricação de pneus?

Para unir todos os compostos, as borrachas sintéticas e naturais, os aditivos e os reforços (como as malhas têxtil e de aço), é preciso um processo industrial complexo e demorado.

As diversas máquinas envolvidas fazem com que os materiais passem por condições extremas para que se tornem um produto final indivisível, com as características específicas do modelo e as qualidades exigidas para seu tipo de uso.

Abaixo, listaremos as principais etapas da fabricação de pneus.

Mistura

A mistura é a primeira etapa, pois é a preparação da borracha que será usada. Cada modelo e fabricante tem suas próprias receitas, de acordo com suas especificações. Mas são utilizadas, como já falamos, mais de 30 tipos diferentes de borrachas sintéticas (derivadas do petróleo) e naturais (feitas a partir do látex).

As borrachas são colocadas em grandes máquinas misturadoras, chamadas bambury, juntamente ao negro de fumo, à sílica, ao enxofre, aos aditivos e a outros derivados do petróleo. São submetidos a alta pressão e temperatura, saindo delas na forma de uma manta de borracha uniforme.

Processamento

Após as mantas terem sido preparadas, voltando aos misturadores quantas vezes forem necessárias, elas são cortadas em tiras e esticadas. Depois, são unidas em camadas e, mais uma vez, passam por altas temperaturas e pressão para se fundirem.

Montagem

Nesta etapa, são adicionadas as camadas de malhas têxtil e de aço, já emborrachadas, por meio de nova fundição por calor e pressão. Após esse processo de preparação do material do pneu, ele é colocado em uma máquina que dará a forma e reforçará as partes necessárias com a mistura de borracha, como a lateral e o meio da banda de rodagem.

Vulcanização

Os pneus já constituídos são levados, então, a uma espécie de forno para o processo de vulcanização. Nessa etapa, a borracha sai do estado plástico (maleável, esticável e de pouca resistência) e vai para o estado elástico, com a consistência e as características que conhecemos.

Por meio de um processo que utiliza ar comprimido em grandes temperaturas e com alta pressão, o pneu é inflado e empurrado contra uma forma, que insere as ranhuras, as linhas e as inscrições na borracha quente.

Inspeção

Durante todas as etapas, são feitas inspeções em amostras para saber se os materiais estão dentro dos padrões definidos para o modelo sendo fabricado. Ao final do processo, todos os pneus são vistoriados e alguns são escolhidos aleatoriamente para uma inspeção mais profunda.

Esses pneus, amostras do lote, são levados a testes de rodagem, máquinas de raio-X e, até mesmo, cortados para uma vistoria técnica das camadas.

Como vimos, a fabricação de pneus envolve muita tecnologia e precisão, tanto na composição dos materiais quanto na confecção de cada parte do produto, para que se chegue nos pontos ideais de resistência e flexibilidade. Por conta disso, atualmente, os pneus são confiáveis e eficientes, entregando um melhor rendimento e maior segurança para os nossos veículos.

Viu como a composição de um pneu pode mudar conforme seu modelo e tipo? Quer saber qual é o melhor para o seu caso? Então, aproveite para ler nosso artigo e descobrir qual é o tipo de pneu ideal para o seu carro!