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Carro Puma: conheça a história e os principais modelos

outubro 5, 2017

Famosa fabricante brasileira de veículos esportivos e pequenos caminhões, a Puma Automóveis atuou entre os anos de 1967 e 1990. Porém, o carro Puma fez — e ainda faz — tanto sucesso entre os amantes de automóveis que em 2013 sua produção foi retomada.

Primeiros veículos

A origem da marca está nas pistas de corrida. O projetista Rino Malzoni foi quem desenvolveu, em 1964, o protótipo do veículo que se consagrou vitorioso em 5 corridas do ano, sendo a primeira em Interlagos, no GP das Américas. O carro foi posteriormente batizado de Malzoni.

A ideia central do desenvolvimento dos veículos sempre foi a mesma: confeccionar a carroceria com desenho aerodinâmico e utilizando a fibra de vidro, material bastante leve. Essa carroceria era montada sobre a plataforma de um veículo de passeio já existente, fazendo modificações e acertos no motor e suspensão para alcançar um desempenho esportivo. Assim, o acabamento interno sempre foi condizente com essa proposta.

Essa receita viabilizou a produção do carro Puma por quase 30 anos e, agora, tenta ser novamente utilizada pelos modelos atuais. Os primeiros, chamados Puma GT, eram conhecidos por Puma DKW, devido à origem da mecânica. Os Pumas GT e GTE seguintes ficaram famosos pelo apelido Puma Tubarão. Já os modelos com motor de 4 cilindros são chamados de Puminhas.

Manutenção

Por utilizarem peças de carros que tiveram grandes vendas no Brasil, como o VW Fusca e o Chevrolet Opala, as peças para reposição são relativamente fáceis de encontrar. A carroceria, por ser de fibra de vidro, pode ser consertada por empresas especializadas nesse material. Além disso, ainda existem carrocerias inteiras (da época de fábrica) disponíveis à venda.

Assim, muitos colecionadores ainda conseguem manter o visual de seus Pumas dignos de apreciação por muitos admiradores, podendo até mesmo serem utilizados no dia a dia sem problemas.

Carro Puma atual

Como mencionamos acima, a Puma Automóveis voltou a fabricar veículos em 2013, por meio da sociedade entre Reginaldo Galafazzi e Fernando Mesquita. Atualmente é produzido o modelo Puma 52, projetado para as pistas de corrida e com desenho inspirado no Lotus Elise. Está previsto também o lançamento do Puma GT 2.4 Luminari, com design que remete aos primeiros carros da marca. A produção será limitada em 10 unidades e custará cerca de R$ 150 mil.

O motor do carro Puma 52 é 1.6, 16V de 4 cilindros que gera 120 cv e 15 kgf de torque. Já o GT 2.4 Luminari promete 180 cv de potência e 25 kgf de torque a 2800 RPM.

Principais modelos

Carro Puma: conheça a história e os principais modelos

Agora, conheça os principais modelos desta importante marca de automóveis genuinamente brasileira:

Puma GT

O carro Malzoni GT, utilizado até então nas pistas de corrida, foi rebatizado de Puma GT em 1966. Recebeu uma série de refinamentos em seu desenho, como novos para-choques, alongamento da traseira, novos painel, lanternas e faróis.

Chegou a ser premiado pela revista Quatro Rodas como o melhor projeto de carro brasileiro. Foram comercializadas poucas unidades devido à venda da DKW para a Volkswagen, encerrando a produção da plataforma utilizada para fabricá-lo. Foram vendidos cerca de 170 veículos.

Puma GT 1500

Já com a plataforma fornecida pela Volkswagen, é lançado o modelo GT 1500. Também conhecido como Puma II, essa versão foi inspirada no Lamborghini Miura, porém mantendo bastante do desenho do seu antecessor.

Por conta do motor 1.5 com um kit de dupla carburação e escape esportivo, a sua potência chegava aos 60 cv e levava o GT 1500 à velocidade máxima de 150 km/h, desempenho impressionante para a época. Por conta disso, obteve grande destaque nas pistas de corrida.

Puma GT 4R

Essa versão foi criada em 1969 para atender a um pedido da revista Quatro Rodas. Foram fabricadas apenas 4 unidades. Destas, 3 foram sorteadas entre os leitores da publicação e o quarto foi reservado para exposição na fábrica. Posteriormente foi vendido.

A mecânica utilizada era do Karmann Guia, com motor 1.6 a ar, carburação e comando P2, fazendo o GT 4R apresentar um ótimo rendimento. Seu visual externo também era diferente, com faróis específicos e maior comprimento total.

Puma GTE

O GTE foi lançado no ano de 1973 com o intuito de se diferenciar do VW SP2. Foi desenvolvida uma nova carroceria, com desenho mais suave e harmonioso. Na frente, o carro recebeu novos faróis, entradas de ar e perdeu os famosos bigodes. Na lateral, os para-lamas ficaram mais abaloados e as maçanetas foram modificadas. A traseira ficou com a inclinação mais acentuada e o formato das lanternas ficou mais proporcional.

Puma GTB

Essa versão foi apresentada ao público em 1971, mas iniciou as suas vendas apenas em 1974. Utilizava a mecânica 3.8 de 6 cilindros do Chevrolet Opala. Seu design foi claramente inspirado nos muscle cars americanos, como o Ford Mustang.

Apesar de ser um dos automóveis mais caros da época, fez sucesso. Esse Puma vendeu 706 unidades.

Puma GTB S2

Em 1978, a Puma apresenta a segunda versão do GTB, com novo visual e acabamento mais requintado. O carro continha bancos de couro e itens como direção hidráulica e ar-condicionado. O motor continuava sendo o do Opala — dessa vez o 250-S, que rendia 171 cv.

Puma GTI

Lançado em 1981, buscava corrigir falhas de desempenho e aumentar as vendas. Porém, por continuar utilizando motores refrigerados a ar, já não chamava tanto a atenção do seu público. Vendeu poucas unidades para a época, em torno de 600.

Puma AM1 e AM2

Com a venda da empresa para a Alfa Metais, os modelos foram relançados com pequenas mudanças no visual e na mecânica. Passaram a se chamar AM1 e AM2.

Entre as alterações estão a adoção de maçanetas do Opala, troca do tanque de combustível e eliminação da entrada de ar dianteira. As rodas também eram novas. A versão AM2 é a conversível, enquanto a AM1 é a cupê.

Puma AM-3

O carro Puma AM3 é a evolução do AM1. Recebeu motor VW 1.6 refrigerado a água do Gol, chassi tubular e novos bancos esportivos da marca Recaro. A versão conversível deixou de ser fabricada.

Não há números precisos, mas se sabe que as vendas foram muito baixas, aumentando as dificuldades financeiras da empresa.

Puma AM-4 e AM-4 Conversível

No início da década de 1990, foram lançadas as versões AM4, que são a evolução do carro Puma AM-3 com a adoção do motor VW maior, de 1.800 cv, e um acabamento interno melhorado. Além disso, o carro apresentava novas rodas e aerofólio. Porém, o mercado brasileiro começou a receber modelos estrangeiros, pois houve a abertura para a importação de automóveis.

Não demorou muito e o carro Puma AM4 também deixou de ser fabricado.

Puma AMV 4.1

Essa versão é considerada a terceira geração da versão GTB, do final da década de 1980. Suas principais mudanças são a frente mais baixa, a utilização de novos para-choques com design arrojado e novo interior.

Na mecânica, recebeu freios mais eficientes, mas continuou com o motor do Chevrolet Opala — dessa vez 4.1 e 6 cilindros em linha. Acabou vendendo pouco por não conseguir concorrer com os importados.

Assim foi a história desta importante marca de automóveis brasileira, que desde 2013 tenta restabelecer o prestígio que tinha entre os amantes de carros esportivos e voltar às pistas de corrida. O carro Puma fez história e, agora, esperam-se novidades.

Esperamos que você tenha gostado de conhecer um pouco da história do carro Puma! Quer saber quais são os carros mais bonitos do mundo? Clique aqui e confira nosso conteúdo!